Definida como sendo “uma troca consciente de favores sexuais por dinheiro”, a prostituição é um tema polêmico. Difícil encontrar alguém que fale abertamente sobre o assunto até mesmo por uma questão de medo.
Praticada mais comumente por mulheres, hoje em dia também há muitos homens que se utilizam desta prática para ganhar dinheiro. As justificativas? Podem ser várias: necessidade, gosto, fetiche, por não conseguir emprego, não ter estudo, imposição… E por aí vai.
A ideia de que a prostituição seja a profissão mais antiga do mundo não encontra qualquer fundamento histórico ou antropológico. No Brasil, a atividade em si não é considerada ilegal, não incorrendo em penas aos clientes nem às pessoas que se prostituem. Entretanto, o fomento à prostituição e a contratação de mulheres para atuarem como prostitutas é considerado crime, punível com prisão.
SEM CONTROLE
Fato é que, numa metrópole como São Paulo, se torna complicado controlar o avanço desta prática. É fácil ver mulheres e travestis parados geralmente em esquinas marcando o chamado “ponto”. A região central da cidade, por exemplo, é um dos endereços mais conhecidos, assim como os bairros com avenidas mais ermas, sem muito comércio ou passagem de pessoas, principalmente no período noturno.
Ruas próximas do Jóquei Clube, no Morumbi, estão entre estes locais. Na Zona Leste, a região do Parque do Carmo é outro endereço. De acordo com informações, ações pontuais da Polícia Militar conseguiram minimizar os transtornos nas ruas do bairro, inclusive com a instalação de uma base da PM em uma das ruas de forma estratégica. Ou seja, afastando este tipo de “trabalho” das portas das residências.
CONSTRANGIMENTO
A concentração ficou mesmo na Avenida Afonso de Sampaio Souza. De acordo com o que reportagem apurou, a prática da prostituição no endereço não é algo recente, mas sim, de mais de 40 anos. Quem passa na avenida durante o dia vê com facilidade as “profissionais do sexo” nos períodos da manhã, tarde e principalmente à noite. Para muitas pessoas, a situação é complicada, pois a maioria das mulheres não se inibe nem um pouco ao usar roupas mais ousadas e até mesmo de praticar atentado ao pudor. Situações estas bem constrangedoras para muitas famílias que possam de carro pelo endereço.
Como mencionado no início, a maioria das pessoas prefere não se expor sobre o assunto. Falam apenas que têm o apoio do policiamento para conter o avanço das prostitutas pelas ruas do bairro e que se instituiu um certo “respeito” para com os moradores.
A verdade é que o tema gera um desconforto enorme para quem mora próximo aos endereços com este tipo de problema, isso em qualquer região da cidade em que ele aconteça.