Jornalismo: ferramenta de desenvolvimento

Vivemos uma democracia representativa, onde as entidades e associações são representadas no poder político pela população eleitora não diretamente, mas através de seus representantes, por si designados, e o jornalismo deve ser feito com a checagem do “fato” e a manutenção da qualidade, para termos uma sociedade melhor

Todo cidadadão tem o direito de informar, de se informar e, ainda, o direito de ser informado. Além disso, com base nas informações e também nas opiniões é que se forma o juízo público.
Partindo do princípio de que em diversos períodos da história os homens foram despojados de seus direitos, os direitos relativos à manifestação do pensamento, em especial o direito de informação que incide de forma grandiosa na conquista da humanidade, pois pode ser a voz daqueles que nunca tiveram voz. É instrumento importante para a democracia e pode ser utilizado para a fiscalização dos “poderes” e das instituições.
No período da ditadura militar, esse direito padeceu de várias restrições, inclusive de censura institucionalizada. Com a democracia, a liberdade de expressão acabou sendo garantida e protegida com a Constituição Federal de 1988.
Assim, a imprensa, por diversos modos de atuação, que abarca desde a informação e a notícia, bem como o entretenimento, através do meio jornalístico, desempenha importante influência política e igualitária na sociedade. Conclusiva a importância da imprensa na sociedade contemporânea, sendo sua atividade informativa, dotada de extenso mérito público, que visa dispor as pessoas no panorama fático, modernizar e harmonizar a conscientização do juízo público, manifestando e garantindo a efetivação de direitos fundamentais numa ordem constitucional, acessível e democrática.
Deste modo, primando pela legalidade da atividade informativa, é necessário que o jornalista tenha consciência da ética profissional e das liberdades
indicadas na Constituição Federal e na lei, igualmente, do balanceamento nos casos supervenientes, só pesando quando de um lado estiverem presente os direitos de personalidade e a reverência às pessoas mencionadas na notícia, e de outro, a liberdade de expressão, informação e o interesse público, sob pena de suportar responsabilidade na esfera civil e/ou criminal.
Citadas noções devem regular o profissional em qualquer situação, seja quando da divulgação de fatos alusivos à intimidade da vida privada de um indivíduo, de afrontar a sua imagem ou honra, seja no momento da interferência propriamente dita.
Com a Internet, o fator de propagar a informação se popularizou, pela facilidade de atingir em muitas das vezes com baixa qualidade um público que por hora se torna refém de “falsos comunicadores” que, com uso e efeito de assuntos sensacionais, são capazes de causar impacto, de chocar a opinião pública, sem que haja qualquer preocupação com a veracidade. É importante ressaltar que o leitor nos dias atuais precisa utilizar um filtro, para que não se deixe levar por pessoas que se dizem profissionais e estão divulgando matérias mentirosas e tendenciosas em seus blogs, aplicativos de comunicação ou até mesmo em mídias impressas, como jornais e revistas. Para o bom leitor, não é necessário um “plebiscito” para se definir o que é importante em uma mídia dentro da democracia representativa: credibilidade e independência para informar com transparência o “fato”, e este deve ser sempre checado em sua veracidade.

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