Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Porém, quando descoberto no início, as chances de cura são de mais de 90%.
Por isso, a ação Dezembro Laranja é promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD desde 2014, e faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, que tem como objetivo orientar a população nos cuidados que se deve ter, como identificar um possível câncer, entre outras informações.
A exposição solar ainda é o maior fator de risco para ter câncer de pele, mas há também outros fatores, como etnia, propensão genética, não usar filtro solar e o tabagismo.
Segundo o dermatologista do São Cristóvão Saúde, Bruno Tegão, há uma classificação da escala de tons de pele, criada pelo médico norte-americano Thomas B. Fitzpatrick.
“A pele humana é classificada em fototipos que vão de I a VI, sendo o Fototipo I o da pele mais clara, que queima fácil, nunca bronzeia e é muito sensível; caso das pessoas loiras ou ruivas e com tendência a ter sardas. Elas têm altíssimo risco de ter algum tipo de câncer de pele ao longo da vida. Por outro lado, os Fototipos V e VI, que são respectivos às peles morenas escuras e negras, que raramente se queimam e são insensíveis ao sol, o risco de tumor de pele diminui bastante; porém não é excluso”, diz o especialista.
“Existem vários tipos de câncer de pele, sendo os mais comuns o Carcinoma Basocelular e o Carcinoma Espinocelular, que na maioria das vezes se apresentam como uma ferida, verruga ou nódulo estranho em áreas do corpo que mais foram expostas ao sol ao longo dos anos, como face, braços, pernas e tórax. Tem ainda o Melanoma, que normalmente se manifesta como uma pinta diferente e apresenta um grande risco à vida, por ser altamente maligno”, alertou o dermatologista.
Como citado pelo doutor, as pintas são preocupantes e temos que ter mais atenção com aquelas que têm formato irregular, assimétrico, que tenham mais de uma cor e/ou estejam apresentando um crescimento rápido.
“O recomendado é que toda pinta ou lesão diferente na pele, couro cabeludo e unhas, devem ser imediatamente avaliadas por um Dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Além disso, deve-se manter o uso diário de protetor solar em áreas expostas à luz (solar ou artificial) e hidratar adequadamente a pele. Com a avaliação do dermatologista, a lesão suspeita poderá ser enviada para biópsia ou ser imediatamente removida. Já nos casos de baixo risco, o médico faz o acompanhamento”a, finaliza Tegão.