Questões emocionais e a escola

Zoraia de Cássia Santana – Docente do Programa Aprendizagem do Senac Itaquera

Neste momento de crise, a escola passa por um período de reflexão profunda sobre seu papel e adequações se tornaram necessárias para possibilitar e incentivar as novas formas de interação com os alunos. Inclusive, o que já era pauta para muitos educadores – as questões socioemocionais frente ao processo de ensino-aprendizagem – se tornou fator relevante para a promoção das atividades escolares neste período.

Se a escola “foi feita para preparar o homem para a vida futura” e “ministrar ensino coletivo”, conforme cita um famoso dicionário, fica explicado porque assistir aulas remotas, estando sozinho diante de um monitor, se tornou algo muito difícil para centenas de alunos, que antes estavam acostumados a interagir pessoalmente.

Por isso, no decorrer do último ano, a escola precisou, se já não era, se tornar um agente de apoio emocional, buscando meios de viabilizar o diálogo sobre questões emocionais e promover na prática a empatia, autoconhecimento e resiliência.

Juntos, alunos e escola precisaram se reconhecer neste novo cenário, se reaproximar e criar um ambiente de segurança. Cada um foi encorajado a reconhecer e compartilhar suas qualidades e fraquezas para que coletivamente todos pudessem se apoiar e seguir com o objetivo maior de continuar estudando e aprendendo.

Talvez, este período tenha nos feito repensar o verdadeiro objetivo da escola, que é ser um sistema global, onde cada um tem seu valor e que se faltar um elemento, o processo não funciona. Precisamos do coletivo para que a troca e construção do conhecimento aconteçam.

Por isso, a troca de emoções e sentimentos é parte importante do vínculo com os alunos e do processo de aprendizagem, tornando-se fundamental nos últimos tempos para que todos os lados seguissem com o seu propósito.

 

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