Pandemia contribui para o aumento do tabagismo

No Brasil, cerca de 22 milhões de pessoas ainda fumam. Apesar de estarem no grupo de risco para a Covid-19, 34% dos fumantes afirmam que durante a pandemia a quantidade de cigarros consumidos diariamente aumentou. Os dados foram divulgados em pesquisa realizada pela Fiocruz.
O farmacêutico Ismael de Oliveira, que atende na Unidade Básica de Saúde Vera Cruz, gerenciada pelo Cejam – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim – avaliou a dificuldade dos participantes em parar de fumar.
“Eles relatam que, por conta do estresse e da ansiedade causados pelo isolamento, têm tido dificuldades de se manterem longe do vício, impossibilitando que os usuários se desvencilhem sozinhos do hábito”, destaca.
Estudos realizados indicam que pessoas fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior do que as não fumantes. Além disso, o tabagismo – que já é considerado uma doença – está relacionado a mais de 50 patologias diferentes.
Entre as doenças estão as ligadas ao aparelho respiratório, cardiovasculares, úlceras do aparelho digestivo, osteoporoses e cataratas. O tabagismo também pode ter relação direta com diversos tipos de câncer.
“Nos homens é capaz de causar impotência sexual, enquanto que nas mulheres infertilidade, menopausa precoce e complicações na gravidez”, afirma Ismael.
Estima-se que no Brasil, a cada ano, cerca de 157 mil pessoas morram precocemente em decorrência de doenças causadas pelo tabagismo, alertou o especialista.
AJUDA
O Programa Nacional de Cessação ao Tabaco, instituído pelo Ministério da Saúde em 2013, foi inserido na Atenção Básica, tornando as UBS responsáveis por assistir os pacientes tabagistas.
Com turmas de no máximo 12 participantes, o usuário tem acesso a equipe multidisciplinar que conta com farmacêuticos, enfermeiros e médicos, além de dentistas, psicólogos, assistentes sociais, educadores físicos e agentes ambientais em momentos que se fazem necessários.
Mais informações nas Unidades Básicas de Saúde do seu bairro.

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