Aprender a conviver

Por Jefferson Augusto, docente do Senac Itaquera

Dentre os diversos desafios da educação e da escola atualmente, apesar de não ser um assunto novo, temos uma questão que vem preocupando muito os educadores, que é como ensinar os estudantes a conviver com o grupo de forma pacífica e respeitosa com as diferenças.
Nesse cenário pós-pandêmico, o famoso bullying, que antes vinha vestido de preconceitos e exclusão, voltou com nova roupagem.  Agora, ele se apresenta nas “trollagens” e  “cancelamentos”, termos famosos e frequentes, principalmente no mundo virtual. No ambiente escolar, considerando um grupo que interage tanto presencialmente, quanto virtualmente, tais comportamentos impactam diretamente no processo de ensino-aprendizagem e nas relações interpessoais, uma vez que as atitudes individuais são de grande importância quando o objetivo é avaliar as competências do aluno e também futuro profissional.
De um lado, temos aqueles que verbalizam de forma clara e intensa suas opiniões e pontos de vista, influenciando o coletivo e causando verdadeiros julgamentos contra outros indivíduos do grupo. Do outro lado, estão os agredidos, que, fugindo da situação hostil, vão se isolando cada vez mais e, frequentemente, passam a enfrentar problemas emocionais, chegando a transtornos mais sérios.
A questão vai se tornando cada vez mais desafiadora conforme a escalada da agressão, por isso a escola precisa trabalhar de forma preventiva, trazendo para a sala de aula discussões sobre inclusão, diversidade, bullying e cultura de paz, proporcionando a construção de um ambiente emocionalmente seguro e de não-violência.
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