Estado também capacita outros 24 mil presos em cursos técnicos e educacionais, ampliando as oportunidades de reintegração social
O Governo do Estado de São Paulo anunciou que mais de 51 mil pessoas privadas de liberdade já estão inseridas em atividades laborais dentro dos presídios paulistas, enquanto outras 24 mil participam de programas de qualificação profissional e educacional. A medida busca ampliar as oportunidades de reinserção social, garantir dignidade e preparar os reeducandos para o mercado de trabalho.
Com uma população carcerária de mais de 213 mil presos, São Paulo investe em parcerias com empresas e programas de educação profissional para garantir capacitação técnica, geração de renda, redução de pena e reconstrução de trajetórias. Entre os exemplos de ocupações estão confecção de roupas, produção de móveis, alimentos, artefatos esportivos, panificação, marcenaria, costura, fabricação de peças industriais e decoração de festas.
No Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis, reeducandos atuam na produção de insumos biológicos em parceria com a Biosic Agro. Já no Centro de Ressocialização de Presidente Prudente, a atuação envolve a confecção de peças natalinas para shoppings. Em outra frente, a parceria com a AGI-Ag Growth International oferece capacitação em desenho técnico industrial com uso do software SolidWorks.
A Funap (Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel) e a Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania da Polícia Penal têm papel fundamental na articulação dessas atividades. Cursos como panificação, marcenaria, costura, artefatos de pesca, serviços para hospitais e construção civil são ofertados com apoio da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).
De acordo com a legislação estadual (Lei nº 8.209/1993), o trabalho prisional é reconhecido como uma ferramenta essencial para a reintegração social, promovendo autonomia e dignidade. Além disso, a cada três dias trabalhados, o reeducando reduz um dia da pena, e muitos recebem até ¾ de um salário mínimo, de acordo com o tipo de atividade.
O Governo reforça que o sistema prisional está em constante evolução, oferecendo formação técnica de qualidade e promovendo inclusão produtiva como um dos pilares da ressocialização.