O Dia da Cultura, celebrado em 5 de novembro, destaca a presença constante da cultura em nossas vidas e seu papel essencial na construção de valores, conhecimentos e formas de expressão. Muito além das manifestações artísticas, a cultura abrange tudo o que aprendemos e compartilhamos vivendo em sociedade — crenças, tradições, memórias, identidades e modos de viver.
Mais do que expressão, a cultura é também uma ferramenta poderosa de transformação social, capaz de promover educação, inclusão e oportunidades, especialmente em territórios onde esses direitos ainda são limitados. Projetos culturais desempenham papel fundamental na construção de autonomia, ampliam horizontes e fortalecem vínculos comunitários, como já destacamos em outras reportagens sobre iniciativas culturais na Zona Leste, incluindo ações em equipamentos públicos como o Parque Raul Seixas e a Casa de Cultura Raul Seixas (ver matéria relacionada em nosso portal).
A cultura também preserva ancestralidades, valoriza identidades diversas e fortalece resistências por meio da arte e da memória. Nesse processo, cria sentimento de pertencimento e possibilita que cada pessoa reconheça sua história e seu lugar no mundo.
Mas afinal: quantas culturas existem?
A resposta não é simples. A cultura é viva, dinâmica e continuamente reinventada. Ela pode se manifestar em tradições indígenas, quilombolas, ribeirinhas, periféricas, urbanas ou populares, mas também em movimentos contemporâneos, na cultura de massa, na música, na dança, na culinária, na linguagem e em todo modo particular de existir e se relacionar.
Por isso, mais importante que quantificar é reconhecer, valorizar e proteger todas as formas de expressão cultural, construindo pontes que nos conectem uns aos outros e contribuam para uma sociedade mais justa, plural e empática.
Celebrar a cultura é celebrar quem somos — nossas histórias, lutas e sonhos. Quando a cultura floresce, toda a sociedade floresce junto.
Por Mariana Nascimento, profissional formada em Técnico em Recursos Humanos, graduada em Pedagogia e pós-graduada em Metodologias Ativas e Práticas Educacionais. Atua como docente na área de Desenvolvimento Social no Senac Itaquera, com foco no programa aprendizagem.