Prefeito Ricardo Nunes garante pagamento do 13º e retoma serviços na capital
A paralisação que afetou o transporte público de São Paulo nesta terça-feira (9) chegou ao fim após uma reunião emergencial convocada e conduzida pelo prefeito Ricardo Nunes no Palácio das Bandeiras. O encontro reuniu representantes das concessionárias, do Sindicato dos Motoristas e da Prefeitura, e resultou no compromisso formal de pagamento do 13º salário aos motoristas e cobradores até o dia 12 de dezembro.
Logo no início da reunião, Ricardo Nunes cobrou responsabilidade das empresas e exigiu a retomada imediata dos serviços. O prefeito foi enfático ao afirmar que não tolerará novas interrupções e que qualquer empresa que descumprir o acordo será notificada no dia seguinte, 13 de dezembro, para abertura de processo de caducidade contratual.
“Foi um dia muito difícil para a população. A Prefeitura cumpriu todos os repasses e não há justificativa para o atraso. O sofrimento das pessoas é inaceitável”, declarou o prefeito. Ele também destacou que, embora a negociação trabalhista não seja atribuição direta da Prefeitura, a gravidade da situação exigiu sua intervenção direta.
Durante a reunião, os empresários reconheceram que houve falha na comunicação ao enviar uma carta solicitando o adiamento do pagamento do 13º. “Foi um mal-entendido da nossa parte”, afirmou César Augusto da Fonseca, porta-voz do grupo, ao confirmar que o benefício será pago na data estipulada.
A mediação de Ricardo Nunes foi elogiada pelo presidente do Sindicato dos Motoristas, Valdemir dos Santos Soares, que confirmou o retorno das equipes às garagens ainda na noite de segunda-feira. “O prefeito garantiu os direitos dos trabalhadores e ajudou a evitar um prejuízo ainda maior à população”, afirmou Soares.
Ricardo Nunes também anunciou que acionará os órgãos competentes para investigar e responsabilizar os autores de áudios e mensagens que incentivaram a paralisação sem aviso prévio. Ele lembrou que a legislação exige notificação com 72 horas de antecedência para greves em serviços essenciais.
Ao final da reunião, o prefeito fez um apelo para que situações como essa não se repitam. “O usuário tem que ser sempre a prioridade. Estamos abertos ao diálogo, mas as leis existem para ser cumpridas”, concluiu.
