A importância do comportamento empreendedor em tempos de crise

Por Cintia Martins - com 26 anos de Carreira, é Consultora de Negócios no Sebrae-SP, com o título de Especialista em Administração e Planejamento, Gestão de Pessoas e Empreendedorismo. Além de Especialista Emocional, Coach, Consteladora e Professora, é Coautora no Livro Quais de Mim Você Procura Mulheres na Educação.

Existem basicamente três correntes para abordagem do comportamento empreendedor: economista, sociológica e comportamentalista. Aqui vou exercitar o olhar e abordagem comportamentalista.

Considerando o cenário atual, que desenha uma crise sem precedentes, mais do que nunca será necessário o desenvolvimento de comportamentos empreendedores que contribuirão para a manutenção e sustentabilidade de empresas e pessoas.

Anteriormente vivíamos a era da informação, onde a mesma tinha grande valor no mercado, títulos e formações, conhecimentos e falar diversas línguas eram o grande diferencial.

Atualmente, migramos de uma forma muito rápida para a era da emoção, que exige o uso de todo conhecimento alinhado à capacidade de gerenciamento de emoções e comportamentos, para que comunicações sejam mais assertivas, relacionamentos interpessoais fortalecidos, valores percebidos. Ou seja, maior demanda do uso de competências nos relacionamentos, para encantamento do cliente, geração de resultados e lucro.

Essas necessidades se tornam ainda mais verdadeiras quando consideramos o acrônimo de Mundo VUCA, que ilustra muito bem a importância de se manter competitivo, capacidade de adaptação e o desenvolvimento de habilidades comportamentais e emocionais:

V olatility – Volatilidade – Mudanças / Comportamentos Necessários: Visão Sistêmica e Adaptabilidade

U ncertainty – Incerteza – Reinvenção / Comportamentos Necessários: Planejamento e Construção de Cenários

C omplexity – Complexidade – Adaptabilidade / Comportamentos Necessários: Clareza e Foco no Resultado

A mbiguity – Ambiguidade – Aceleração / Comportamentos Necessários: Inovação e Autocontrole

Ainda penso que podemos considerar novos comportamentos que se fazem necessários diante de momentos de crise, como por exemplo: a empatia que é a tentativa de se colocar no lugar do outro; a universalidade, ou seja, me preocupar em relação ao quanto eu gero de impacto no mundo com minha atuação e, por último, um dos mais importantes que é o propósito de vida, diretamente ligado às minhas ações e decisões diárias.

Ter claramente o propósito faz com que o mesmo funcione como uma fonte diária de automotivação, um comportamento muito exigido em tempos de crise, que acaba por si só contribuído para o desenvolvimento da resiliência e de não desistir diante dos desafios.

Mas, crises exigem muito mais… Exigem que empresas e pessoas desenvolvam a antifragilidade, que é a capacidade de aprender com as situações, estando um patamar ainda acima da resiliência.

É quando eu acolho erros e acertos, registro o aprendizado e parto para o próximo comportamento, que é a capacidade de reinvenção e inovação. Afinal “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente. Quem sobrevive é o mais disposto à mudança”, Charles Darwin, biólogo.

Cintia Martins – Consultora de Negócios no Sebrae-SP
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