Primeira mulher a comandar a Subprefeitura Itaquera, Silvia Regina imprimiu um estilo único à sua gestão. Primeiro cuidou da casa. Realocou funcionários e garantiu que o prédio que abriga a subprefeitura fosse reformado sem custos para a gestão pública.
O objetivo, segundo ela, “foi garantir um espaço mais acolhedor e humanizado para funcionários públicos e munícipes”. Foi dela também a ideia do Espaço de Leitura Infantil, para que as crianças pudessem brincar enquanto seus pais eram atendidos, e do Espaço Rosa, dedicado a mulheres, para oficinas, cursos e bate-papos informais.
Ao assumir a subprefeitura, em maio de 2019, Silvia Regina disse que faria uma gestão de portas abertas e que dialogaria com todos que estivessem dispostos a, assim como ela, trabalhar pelo progresso da região; e assim foi.
Dinâmica e inquieta, foi responsável pela execução, com recursos de emendas parlamentares – de dezenas de obras de adequação, manutenção e reforma de praças da região, reforma de quadras esportivas, execução de salão multiusos, entre outras obras.
Durante sua gestão, eventos importantes, como passeio ciclístico e corrida de rua, colocaram Itaquera no mapa dos grandes eventos da cidade de São Paulo.
Silvia Regina também foi uma excelente interlocutora. Quem chega a Itaquera pela Radial Leste percebe de cara que a região mudou. As obras do Sesi e Senai, apesar de não fazerem parte do escopo da gestão da subprefeitura, são exemplo dos bons tempos da gestão que soube dialogar com todos os setores pelo bem da região.
Carismática e visionária, Silvia Regina ajudou na articulação de políticas sociais e de moradias. Recentemente, ao lado do presidente da Cohab, João Cury, pleiteou a regularização dos imóveis do entorno da Praça Brasil e conversou com o secretário executivo de Abastecimento e Agricultura, da Secretaria Municipal de Subprefeituras de São Paulo, Carlos Eduardo, sobre a construção de um mercadão e de um banco de alimentos na região.
Silvia também se esforçou para levar a Subprefeitura Itaquera para o centro do bairro, um desejo antigo dos comerciantes, e era vista com frequência nas secretarias reforçando a necessidade da realização de obras emergenciais importantes, entre elas, a contenção de solapamentos das margens de rios e córregos, e de taludes em áreas de risco.
Durante o tempo em que foi responsável pela administração de uma das maiores subprefeituras da cidade de São Paulo, Silvia Regina, recebeu críticas e soube lidar com situações de crises. Como a do início deste ano, quando as chuvas castigaram a região. Quando isso aconteceu, ela foi às ruas para prestar solidariedade aos munícipes atingidos pelas chuvas e acompanhar de perto o trabalho das equipes de zeladoria.
Também foi dela a sugestão de uma audiência pública para orientar e informar os munícipes sobre as ações emergenciais que estavam sendo tomadas a médio e longo prazos, para garantir segurança para todos.
Passados seis meses, dezenas de obras emergenciais foram – e estão sendo – realizadas para conter o solapamento de córregos que cruzam a região. Galerias de águas pluviais também foram e estão sendo reformadas.
Com ralação à zeladoria, mesmo figurando entre as subprefeituras com o maior número de demandas solicitadas pela Central 156, a ordem da subprefeita era para a equipe, ao circular pelos distritos administrativos, também registrasse no sistema as demandas. “A população são os nossos olhas nas ruas”, costumava dizer.
O legado deixado por Silvia Regina é, sem dúvida, o do trabalho. Quem conhece a região sabe que existe um marco divisor importante que separa o antes e depois da gestão da subprefeita, admirada até mesmo pelos opositores.
Silvia Regina deixa a gestão da Subprefeitura Itaquera em um momento de expansão e com obras importantes. Entre elas, a construção da Base da Rocam, na Praça Brasil, e o primeiro Centro de Diagnóstico da Mulher, na Rua Lapena.
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