A Zona Leste se despediu de Amaury Roldán Pereira, nascido em 18 de maio de 1942, em Mogi das Cruzes, mas que construiu sua trajetória de vida e atuação comunitária em Itaquera, onde residiu praticamente toda a vida. Filho de Astrogildo Pereira e Dona Roldán Pereira do Lago, neto de famílias que ajudaram a formar a Vila Sant’Anna no início do século XX, Amaury foi testemunha e também protagonista das transformações do bairro.

Participação comunitária e entidades locais
Amaury foi presença constante em entidades fundamentais para o desenvolvimento regional, como a ACEMI (Associação do Comércio, Empresários e Munícipes de Itaquera) e a CDL Itaquera (Câmara de Dirigentes Lojistas). Atuou como colaborador, conselheiro e parceiro em diversas iniciativas voltadas ao comércio, à integração dos empresários locais e ao fortalecimento da representatividade da região.
Também se destacou pela participação no Conselho de Segurança (Conseg), do qual fez parte desde a década de 1980, contribuindo com debates e ações em defesa da coletividade. Nessas entidades, era reconhecido por sua disposição de estar presente, ouvir, dialogar e ajudar a buscar soluções para os desafios enfrentados pelos moradores e comerciantes.
Esporte e clubes
A paixão pelo futebol foi outro pilar de sua vida. Desde a juventude, Amaury se envolveu com os clubes de várzea do bairro, jogando pelo Itaquera Futebol Clube, pelo Sant’Anna Itaquerense e pelo Elite Itaquerense. Sua trajetória esportiva foi interrompida por uma lesão, mas isso não significou afastamento: tornou-se dirigente, chegando à presidência do Elite Itaquerense, onde trabalhou pela manutenção da tradição e pela valorização do esporte como parte da cultura local.

Família e trabalho
Amaury casou-se em 1967 com Odete, a quem chamava carinhosamente de “Nega”. Da união nasceram filhos e netos que sempre foram motivo de orgulho. A família esteve também ao seu lado na vida profissional, com o funcionamento do Escritório Comercial Amaury, espaço que se consolidou como ponto de encontro e de trabalho coletivo. No convívio familiar, no escritório e nas entidades, construiu laços sólidos de confiança e respeito.

Um legado para Itaquera
Mais do que participar, Amaury ajudou a escrever parte da história de Itaquera. Sempre esteve à frente de iniciativas de fortalecimento comunitário, seja nas associações, nos clubes esportivos ou nos conselhos de bairro. Sua vida acompanhou o crescimento da região: da chegada da luz elétrica nos anos 1950, ao desenvolvimento das COHABs, passando pelo metrô e pelas grandes transformações urbanas que marcaram o bairro.
Reconhecido por amigos, familiares e lideranças como um homem íntegro e participativo, deixa como legado a valorização do associativismo e da união entre as pessoas como caminho para o progresso coletivo.
📍 Da redação do Jornal Desenvolve Itaquera, manifestamos nossa solidariedade aos familiares e amigos enlutados, desejando que encontrem conforto na memória de sua dedicação, no exemplo de sua vida e no legado construído em prol de Itaquera.
Discusão sobre post