O governador João Doria afirmou nesta quarta-feira, dia 25, profundo lamento pela manifestação “desastrosa” do presidente Jair Bolsonaro, ontem à noite, em rede nacional, com relação ao Coronavírus no Brasil.
“As pessoas devem ficar em casa. Não estamos falando de uma gripezinha. Vivemos uma crise de saúde pública e precisamos salvar vidas”, pontuou o governador que avisou que não permitirá o confisco de respiradores e insumos do Estado pelo Governo Federal.
“Em São Paulo nós não vamos permitir que isso aconteça. Eu falei de forma serena e equilibrada ao ministro Mandetta. Se necessário for, entraremos no Supremo Tribunal Federal, mas de São Paulo não se confisca medicamentos ou equipamentos para salvar vidas. Aqui é o epicentro dessa crise, maior número de infectados, maior número de mortos, não faz nenhum sentido, no caso de São Paulo, que é quem eu tenho obrigação de defender, que tenhamos confisco de equipamentos ou medicamentos. Repito: tenho certeza que isso não ocorrerá. Mas se ocorrer tomaremos as medidas judiciais cabíveis de imediato”, afirmou.
Doria já havia abordado o assunto durante reunião, por videoconferência, com o presidente Jair Bolsonaro e os governadores dos Estados do Sudeste do Brasil para discutir medidas de combate ao Coronavírus, na manhã desta quarta.
A ameaça foi feita após o governo federalenviar requisição de bens à Prefeitura do Recife para ficar com mais de 200 ventiladores pulmonarescomprados pela gestão municipal para o combate ao Coronavírus na cidade.
DOAÇÃOES
O governo de São Paulo conseguiu a arrecadação de R$ 98 milhões através de empresários para ajudar no investimento de combate ao Covid-19. Inclusive o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, enfatizou que os respiradores são os equipamentos mais importantes para atender os pacientes que precisam ser encaminhados para a UTI.
Também foi informada a antecipação da vacinação da gripe para todos os profissionais que atuam na segurança pública, para o dia 30 de março, segunda-feira. De acordo com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, em dois dias foram vacinadas 667 mil pessoas com mais de 60 anos na cidade de São Paulo.
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