O governador João Doria informou na coletiva desta sexta-feira, dia 17, que a quarentena segue até 10 de maio. Por hora as medidas seguem as mesmas. “Isso é respeitar a ciência e salvar vidas. Depois que tudo passar, aí sim vamos agir para recuperar a economia e os empregos”, destacou.
O médico infectologista David Uip, coordenador do centro de contingência da Covid-19 do Estado, reforçou que a medida é fundamental. “São Paulo adota as melhores decisões possíveis. O vírus é invisível e as pessoas têm a impressão de que ele não existe. Nós não estamos inventando nada. É só olhar tudo que está acontecendo no mundo.”
Ainda segundo o especialista, a curva de ascensão continua menor graças as medidas que vêm sendo tomadas. Quando questionamento sobre o pico da pandemia, que “nunca chega”, Uip destacou: “Ainda bem que não chegou. Isso reflete que as ações estão dando resultados e estamos conseguindo achatar o crescimento da curva. A curva de São Paulo é a menor do Brasil. Por isso também queremos apresentar todos os dados de forma mais detalhada para mostrar porque está dando certo.”
Também foi perguntado a Doria se ele tem mantido contato com outros governos fora do Brasil. Ele disse que sim, principalmente com o prefeito de Milão. “Conversamos sobre o que deu certo e sobre as medidas equivocadas. Hoje à noite terei uma videoconferência com o governador de Nova Iorque, para fazer as mesmas avaliações”, adiantou.
DOENÇA AVANÇA
O prefeito Bruno Covas alertou que, de acordo com os últimos dados, o vírus chegou de fato a todos os bairros da cidade, e que agora “tem que ser todo mundo em casa”.
O Brasil concentra 30.425 registros, sendo que 11.568 deles estão no Estado de São Paulo. Com relação aos números apresentados ontem, houve um acréscimo de 5%.
INTERNAÇÕES
Com relação a uma possível parceria com a rede privada de hospitais para ajudar nas internações, caso venha a faltar leitos na rede pública, o Governo do Estado disse haver sim esta intenção, e que isto está sendo conversado com as associações que norteiam a rede particular.
A Prefeitura também tem esta intenção e Covas disse que, primeiro, deseja saber os números da rede particular, para depois avaliar a possibilidade de utilização de leitos que possam estar vagos.
Questionado sobre o número de exames que ainda aguardam pelos resultados, o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germman, informou que cerca de nove mil exames aguardam pelos resultados, mas que já houve uma grande diminuição da fila de espera. Nas próximas semanas a expectativa é que de isso não esteja mais acontecendo.
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