Muitas pessoas se perguntam: em qual setor empreender? Qual caminho está em alta no momento?
Será que as respostas são tão simples ou ainda há o risco de cairmos em modismos?
As tendências de mercado são estudadas e vivenciadas na prática para os atentos às mudanças em sociedade, essas análises quase preditivas são baseadas no presente e dão o tom do que virá no futuro e acrescentam o comportamento de consumo das pessoas.
É importante destacar que a clareza sobre um segmento e seu público exige ainda atenção contínua para não cair simplesmente nas “modinhas”, ou seja, nos negócios que surgem rapidamente e acabam na mesma velocidade. Vivenciamos isso claramente no setor de alimentação fora do lar. Quem não lembra, por exemplo, da febre das “paletas mexicanas”? Onde estão?
Isso significa que, para saber diferenciar o que vale à pena perseguir do que não tem chance de dar certo, é preciso dar atenção aos detalhes e estudar, de forma dedicada, o mercado em que se pretende empreender, não esquecendo jamais que o cliente é ávido por novidades, mas não necessariamente basear seu negócio exclusivamente no que está na “moda”, esquecendo de planejar as etapas ou modificações que você fará na sua empresa ao longo do tempo.
Portanto, quais seriam então as tendências/comportamentos em alta? Como dito anteriormente, farei uma pequena lista dos pontos que um empresário deve saber.
Setores em alta são fundamentais em análises, mas eles não ditam uma resposta tão simples para questões como: “que empresa devo abrir para ganhar dinheiro?”. Tal fórmula mágica ainda ninguém encontrou, acredito. Então vamos aos pontos reais que todos os empresários deverão estar atentos:
Re-Humanização Globalizada – conceitos como saúde emocional, identidade plurais e sua diversidade. O campo da boa gestão do tempo, do desafio da confiabilidade e do que realmente importa em sociedade e individualmente. Onde as pessoas irão morar e consumir com o sistema de home-office ou seu formato híbrido, os novos espaços de trabalho são uma realidade. Nesse ponto ainda devemos destacar que a pandemia mundial da Covid-19 abalou ainda o cotidiano, testando a resiliência psicológica das pessoas, limitando suas experiências e provocando choques econômicos. Como as empresas estão auxiliando seus consumidores a lidarem com circunstâncias adversas e conquistarem autoconfiança?
Conexão de Tudo – o mundo “figital” e o como ofertar a simplicidade das tecnologias disponíveis entre o seu negócio e o cliente. Dispositivos, sistemas, a chegada da Internet 5g, a robotização, as moedas e sistemas financeiros 100% digitais, “e-sports”, são alguns exemplos de conceitos que já estão no nosso cotidiano e somos usuários, às vezes, sem perceber.
As empresas poderão desenvolver uma estratégia de conexão “figital” baseada em aplicativos que viabilizarão experiências virtuais no local físico e firmar parcerias com fornecedores de tecnologias para recriar a experiência da visita na casa do cliente. Os sites de buscas e redes sociais incluídos aqui devem ser muito além (já hoje inclusive) a uma oferta de produtos e serviços e, sim, com relacionamento e informação com seus clientes. Entretanto, essa simplificação entre a conexão digital e o mundo do cliente demandam conhecimento e investimento da empresa, além de uma boa gestão interna.
Vivenciando experiências – a demanda por experiências vem crescendo em todos os sentidos. O que planejamos comprar? Como? O espaço da customização e personalização no físico e no digital. O espaço das conexões analógicas e como você ainda surpreende seu cliente. Não se esqueça que o tempo é um dos bens mais valiosos das pessoas, aproveitá-lo a contento é desafiador. Você sabe realmente porque seu cliente compra? Foque nisso. O erro de alguns empresários muitas vezes é só querer o produto. Negligenciam a importância de entender os outros significados e razões – nem sempre tão explícitos – daquela compra por parte de quem compra e utiliza, perdendo valiosa oportunidade de aprender como melhorar a experiência do usuário.
Obsessão por segurança e a gestão inteligente do negócio – aqui ressalto as inúmeras oportunidades que surgem deste novo contexto social e deve se explorar através de estratégias novas e inteligentes para a gestão do negócio. A ordem é aprender para sempre. Cabe ainda destacar pontos como o reforço de marcas mais próximas dos clientes (marca “gente como a gente”) e uma concorrência mais focada num tipo de fraternidade comercial, unindo forças colaborativas e competitivas, é outra tendência forte mundialmente. Há ainda o fator da segurança fornecida por empresas aos seus clientes.
A segurança, como tendência, deve ser encarada sobre dois aspectos: saúde e dados. Mesmo ocorrendo atualmente o processo de vacinação extensiva nos países, o medo do contágio e a circulação de informações sobre questões de saúde aumentam a demanda por produtos de higiene e estimulam os consumidores a buscarem soluções que não requerem contato físico, a fim de evitar a exposição.
Então é fundamental que as empresas zelem por medidas e inovações que proporcionem segurança e o bem-estar de seus consumidores. Já com relação à segurança de dados, neste mundo “figital” em que o ambiente físico e digital se dissolvem num só, nossos dados permeiam os sistemas de infinitas empresas e instituições nacionais e globais e torna-se imprescindível garantir através de processos rigorosos a proteção de dados dos clientes.
A LPGD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – já vigora no país e essa é uma questão relevante para um número em crescimento de consumidores preocupados com o cuidado e quão valiosas são suas informações. É um número imenso de informações novas e também um desafio aos empreendedores, mas é o rumo que o mundo segue. De fato, o aprendizado será para sempre e como a experiência também sempre foi e será relevante é bom lembrar o que nossos avós nos diziam: viver é como andar de bicicleta; para manter o equilíbrio é preciso movimento. Bora lá?
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