A Internet e as tecnologias propiciaram novas formas de interações sociais. Estamos a maior parte do tempo conectados nas redes sociais ou no WhatsApp, divulgando e compartilhando informações em larga escala, além de realizar compras e pagamentos.
A pandemia tornou o ambiente digital mais propício para que cibercriminosos se aproveitem do maior número de pessoas. Fatores como o isolamento social, home-office, a busca por entretenimento ou consumo de bens e serviços nas plataformas digitais, facilitaram as ações.
E os riscos são diversos. É neste ambiente de intensa interatividade que a criminalidade digital encontra terreno fértil para crescer e causar prejuízos.
GOLPLES
Há, inclusive, modalidades de golpes que se utilizam de expressões como Coronavírus, Covid-19, Auxílio Emergencial Caixa, Caixa Econômica Federal, Vacina Covid e Remédios para Covid.
Mas independente da natureza e do tipo, a “isca” sempre terá expressões que guardam alguma relação com a Covid-19 durante esse período de pandemia, por exemplo.
DICAS
A reportagem ouviu os advogados Jean Carlos Fernandes, que é presidente da Comissão de Direito Digital – 104ª Subseção de Itaquera – OAB/SP; e João Marcos Ultramar Quinteiro, presidente do Conseg 32º DP e vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itaquera – CDL Itaquera. Eles destacaram algumas das fraudes mais corriqueiras e como agir.
– Clonagem do WhatsApp: o criminoso, de posse do número do celular da vítima, passa a trocar mensagens ou efetua uma ligação com o objetivo de concretizar a instalação do aplicativo de mensagens em outro dispositivo. Neste momento o golpista consegue desviar a conta da vítima para o seu aparelho, concluindo o chamado golpe da “clonagem do WhatsApp” e acarretando danos financeiros, morais e psicológicos.
– Perfis falsos no Instagram: passando-se por instituições como Caixa Econômica Federal, órgãos do governo e de saúde, propondo dar suporte aos beneficiários do Auxílio Emergencial, o objetivo neste caso é induzir a vítima a clicar em algum link (código malicioso) ou requerer informações privilegiadas ou documentos pessoais.
– Aplicativo Auxílio Emergencial: aplicativos falsos também têm o objetivo de induzir a vítima a clicar em link (código malicioso) ou requerer informações privilegiadas ou documentos pessoais.
CAIU EM UM GOLPE, SAIBA O QUE FAZER
– Preserve as evidências (provas) e dirija-se à delegacia de polícia mais próxima para registrar o Boletim de Ocorrência (BO). O melhor cenário é buscar o apoio de um profissional (advogado especializado em Direito Digital ou Perito Forense). Caso não seja possível, faça o famoso “print” das telas e jamais “delete” as informações do seu celular ou computador. Se o diálogo se deu na rede social, copie a URL (link) do perfil, o nome do usuário e anote a data e horário exatos da conversa/mensagem.
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