A estimativa do número total de pessoas em situação de rua no Brasil é de aproximadamente 221.869 pessoas, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os dados são de março de 2020, momento em que a pandemia no Brasil começava a expandir. Segundo o CENSO SUAS, de setembro de 2012 até março de 2020, o aumento foi de 139%, reforça a Sociedade Brasileira para a Solidariedade.
Ainda de acordo com a SBS, dentro da política de assistência social há equipamentos destinados a esse público, como os CREAs (Centros de Referência Especializado de Assistência Social), e os CentroPop (Centros de Referência Especializado para a População em Situação de Rua).
Os equipamentos são espaços físicos, normalmente ligados à secretaria de assistência social do município ou do Estado, que estão aptos a receber, acolher e ajudar as pessoas que se encontram em situação de rua. O Brasil conta hoje com 2.109 Creas, sendo 2.075 municipais e 52 regionais.
Conheça alguns dos números desta realidade: 51,9% possuem parentes na cidade, 34,3% mantém contato com os parentes, 70,9% pedem dinheiro para sobreviver, 47,7% nunca tiveram um emprego formal, 1,9% trabalham com carteira assinada, e 58,6% afirmaram ter alguma profissão.
As principais atividades são: 27,5% são catadores de lixo, 14,1% são flanelinhas, 6,3% atuam na construção civil, 4,2% com limpeza, 3,1% são carregadores ou estivadores.
Desemprego, desavenças com familiares e problemas com álcool ou drogas, estão entre as razões pelas quais a grande maioria destas pessoas passaram a morar nas ruas.
Segundo o CadÚnico, cadastro do Governo Federal que dá acesso aos benefícios sociais, somente em 2022 cerca de 26.447 pessoas foram morar nas ruas, quando esta população passou de 158.191 em dezembro de 2021, para 184.638, em maio de 2022.
Na cidade de São Paulo, em praticamente todos os bairros é possível ver pessoas em calçadas, praças, canteiros e até mesmo nas margens dos córregos. Caso de Itaquera e região, onde um dos endereços para buscar abrigo vem sendo as margens do córrego Jacu-Pêssego.
A situação econômica, agravada durante a pandemia, o desemprego, o fechamento de empresas e comércios, a alta do aluguel, da cesta básica e de bem essenciais, como remédios, por exemplo, contribuíram para esta realidade.
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