O medo é uma emoção básica, necessária, adaptativa e, neste momento de crise, o estamos experienciando de forma inédita, coletiva e globalizada.
Ativado em uma região do cérebro chamada córtex cerebral, esse sentimento aparece quando uma ameaça é detectada, gerando comportamentos de emergência nos indivíduos que podem ser vistos como correto, exagerado ou subestimado. Mas, independentemente da intensidade, funcionam para o enfrentamento da situação de perigo e restabelecimento do equilíbrio.
Assim, em busca de proteção, sabiamente, nossos organismos buscam estratégias para este enfrentamento baseado nas crenças e expectativas de cada um, podendo ser de forma ativa, através do contato ou confronto, ou de forma passiva, através da fuga.
Seguramente, o grau de convicção da pessoa quanto às suas habilidades e recursos para regulagem dessa emoção determinará a ativação de diferentes sentimentos, inclusive o alto nível de preocupação e, consequentemente, a sensação exacerbada de mal-estar e reações improdutivas.
Por isso, mais do que praticar nossa capacidade de empatia e compaixão, é primordial a existência da autocompaixão para que você se reconheça e acolha seus sentimentos sem julgamento e autocrítica, com aceitação e motivação para agir com responsabilidade, considerando as ações preventivas determinadas pelos órgãos públicos.
Hoje o distanciamento físico é necessário, mas talvez estejamos mais próximos do que nunca.
Manter contato com amigos e familiares, através dos meios tecnológicos, é fundamental e nos ajuda a avaliar como cada um de nós pode contribuir para a diminuição do sofrimento emocional dos demais. Embora sejamos únicos, somos pertencentes a esse trauma coletivo que se enfrenta com ações coletivas.
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