Dia das Mães: data é uma das mais esperadas pelo comércio

Levantamento foi feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Levantamento foi feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Roupas, calçados e acessórios devem ser os campeões de venda neste ano

Considerada pelos varejistas como a principal data comemorativa do primeiro semestre e a segunda melhor do ano em termos de faturamento, perdendo apenas para o Natal, o Dia das Mães aquecerá as vendas.

Levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 78% dos consumidores devem realizar pelo menos uma compra no período — o dado fica bastante próximo dos 74% observados em 2018.

Em números absolutos, a expectativa é de que aproximadamente 122,1 milhões de brasileiros presenteiem alguém este ano, o que deve movimentar uma cifra próxima de R$ 24,3 bilhões nos segmentos do comércio e serviços.

A pesquisa deste ano detectou um aumento de sete pontos percentuais na parcela de consumidores que pretendem desembolsar uma quantia maior na data: em 2018, apenas 19% dos consumidores acreditavam que iriam gastar mais com os presentes e agora, em 2019, o dado passou para 26% dos entrevistados. Outros 41% devem gastar a mesma quantia que em 2018, ao passo que 24% planejam gastar menos.

“A despeito de todas as dificuldades econômicas que o pais atravessa, o brasileiro deverá ampliar os gastos no Dia das Mães, ainda que de forma tímida na comparação com o ano passado. As intenções de compra da data servirão de termômetro para o desempenho do comércio pelos próximos meses, principalmente, em um momento que o poder de compra das famílias continua sendo afetado pelo desemprego elevado e a renda achatada”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

CAMPEÕES

A pesquisa ainda revela que os produtos campeões de venda devem ser as roupas, calçados e acessórios (42%), perfumes (36%), cosméticos (23%) e chocolates (19%). O ranking ainda é formado por flores (15%), maquiagem (13%), ida a restaurantes (12%) e utensílios de cozinha (12%). Já os itens de tíquete médio mais elevado e, que pesam mais no orçamento, aparecem com menos força, como celulares (10%), eletrônicos (10%) e eletrodomésticos (8%).

Em média, cada cliente deve adquirir entre um e dois presentes e apenas 37% dos entrevistados vão consultar a presenteada para descobrir o que ela deseja ganhar. Em cada dez compradores, quatro (38%) devem gastar na faixa de R$ 75,00 a R$ 150,00 com os presentes. Já considerando a média total de gastos, o brasileiro deve desembolsar R$ 198,79, cifra superior à média constatada no ano passado, que era de R$ 152,98, o que representa uma alta de 24%, já descontada a inflação acumulada no período.

De acordo com o levantamento, os entrevistados têm a intenção de presentear não apenas as próprias mães (72%), como também as esposas (17%), sogras (16%), irmãs (11%), a mãe dos seus filhos (9%) e as avós (8%).

À VISTA

Outra constatação do estudo é que a maioria dos consumidores pretende não se endividar no Dia das Mães, dando preferência para o pagamento à vista (65%), sendo que em 45% dos casos o pagamento será em dinheiro e, em 22%, no cartão de débito.

O pagamento a prazo será a escolha de quase metade (49%) dos entrevistados, sobretudo no cartão de crédito parcelado (25%) ou em parcela única também do cartão de crédito (18%). Entre os que dividirão as compras, a média será de quatro parcelas, isso significa que o consumidor só se verá livre desse compromisso em meados de setembro.

“Em um momento em que as pessoas estão inseguras em seus empregos, comprar o presente à vista em dinheiro pode ser uma boa alternativa para fugir do endividamento e evitar comprometer a renda no futuro”, orienta o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

PLANEJAMENTO

Vignoli alerta para o planejamento em datas comemorativas, para que o lado emocional não se sobreponha à realidade financeira do consumidor. “O gasto com o presente precisa caber no orçamento. Antes de sair para as compras é essencial que o consumidor analise suas contas e seus gastos básicos e defina com clareza o quanto pode gastar, dentro de uma análise realista. Para evitar que uma data comemorativa leve o consumidor ao descontrole das finanças e acabe virando motivo de preocupação, ele precisa ser um consumidor planejado”, orienta Vignoli.

SPC BRASIL

Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios.

Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

 

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