Estamos em meio à pandemia. O comércio fecha para temos mais eficácia no controle do contágio pelo Covid, contudo permitem aglomerações de festas de funkeiros? Não há a menor lógica comprometer empregos e a economia e permitir que a aglomeração ocorra de forma recreativa! Vocês poderiam escrever sobre isso para conscientizar o povo e, ainda, quem sabe, ajudar a mudar o foco do isolamento social e garantir empregos sem perder a segurança e o propósito do isolamento.” Que responsabilidade a nossa!
Vivemos um paradoxo de situações e comportamentos. Grande parcela da população só sai de casa quando necessário. Outra porque está na linha de frente da pandemia ou exerce atividades essenciais. Estas pessoas se cuidam, e muito. Mesmo com medo, elas enfrentam a condução lotada (esta é uma das principais queixas de quem está indo trabalhar), para continuar a exercer as suas funções e garantir o sustento da família. Depois temos quem exerce as atividades de casa. Elas geralmente só saem para ir ao supermercado, à farmácia, ao médico, enfim, quando realmente precisa. Elas também estão com receio.
E quando o assunto é o comércio de rua, aí chegamos a um grande imbróglio, um enorme gargalo. Os comerciantes seguem todas as orientações do governo, como medir a temperatura dos clientes na entrada, disponibilizar álcool em gel nos ambientes, higienizar os ambientes e não promover aglomerações medindo o número de pessoas que estão dentro da loja, reduzindo, assim, a sua capacidade de atendimento, e são fechados.
Resultado: não entra receita para o comerciante e nem para o funcionário, que em muitas das vezes é mandado embora. Chega uma hora que o médio e o pequeno empresário não aguentam e quebram. Aí temos outros grandes problemas. Com isso milhares de pessoas são impactadas com o desemprego, a falta de renda e a impossibilidade de dar continuidade a estudos, projetos e, principalmente, colocar comida em casa e pagar as contas.
Em meio a tudo isso, surge outra realidade: a das festas clandestinas, que acontecem em todas as classes sociais. Não dá para entender como isso ainda ocorre, mesmo com tantas informações de que a situação é séria. Tem leitor que fala: “pede pra eles pararem com isso!” “As suas famílias estão correndo risco”, “Elas podem levar o vírus pra casa!”
Impossível as pessoas estarem ausentes da realidade. Então, por que fazem isso? As respostas podem ser as mais variadas, mas uma coisa é certa: é cada vez maior o número de jovens contaminados pela Covid-19. Será que isso não serve de alerta para que essas aglomerações parem?
Todos os dias vemos nos jornais o fechamento de baladas, festas e bailes funks realizados pelos agentes sanitários, com ajuda da escolta policial. Isso por toda a cidade. O risco não pesa na consciência? E aí o resultado é que, de uma forma ou de outra, todos pagam o preço porque não há leitos em hospitais para atender os pacientes, empregos são perdidos e cada vez mais a situação foge ao controle. A culpa é só deles. Não. Dá para generalizar. Não. Ainda tem muita gente por aí que não está dando a mínima para o que está acontecendo. E, como resultado, todos pagamos a conta com as decisões que acabam sendo tomadas pelos nossos governantes, com o intuito de dar atendimento a todos e conter o avanço do vírus. Aí quem faz tudo certinho acaba arcando com o prejuízo.
Discusão sobre post